sexta-feira, 24 de outubro de 2008

NO CAMINHO COM MAIAKÓVSKI

NO CAMINHO COM MAIAKÓVSKI


Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakóvski.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.

Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na Segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz;
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.

Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne a aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.

Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas ao tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.

E por temor eu me calo,
por temor aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita - MENTIRA!


Nota do editor: em negrito, o "fragmento" que corre o mundo, belíssimo, desse poema de Eduardo Alves da Costa. Acima, o poema inteiro.

sábado, 6 de setembro de 2008

Lucas







Aulas_Direito_Civil_II_-_Contratos.doc

_Aulas_Direito_Civil_III__Coisas_.doc

Apostila_Direito_Penal_I.doc

RESUMO_DE_DIREITO_PENAL.doc

Música


Hei menina linda
Afaste a solidão
do silêncio da esquina
da frase feita em vão

A vida imita a arte
Faz parte o coração
O amor que vem de dentro
não tem explicação

dois planetas diferentes,com a mesma translação
com você nada é em vão
é de pele, transcendental , de outra dimensão
seja amor , agora
e eterno então.
"Ninguém jamais vencerá a guerra dos sexos: há muita confraternização entre os inimigos." (Henry Kissinger)
"Época triste a nossa, mais fácil quebrar um átomo do que o preconceito!" (Albert Einstein)

"Há duas coisas infinitas: o Universo e a tolice dos homens." (Albert Einstein)

Poema


"Quem sabe houvesse um derradeiro tempo
E eu te plantasse em mim uma semente árvore
E te deixasse em mim crescendo sombra rápida?
Quem sabe houvesse outro momento antigo
E eu te deixasse em mim voando como pássaro
E te dançasse em mim e não perdesse o ritmo?
Quem sabe houvesse um caminhar estrelas
E eu te estendesse o olhar num arco-íris límpido
E te vestisse azul quando nascesse a lágrima?
Quem sabe houvesse onde vagar memória
E eu te deixasse em mim numa emoção mais trêmula
E te perdesse em mim mesmo não fosse prático?
Quem sabe houvesse um susurrar de ouvidos
E eu te beijasse a fronte numa ternura tímida
E te buscasse em mim para um momento íntimo?
Quem sabe houvesse outro silêncio triste
E eu te matasse em mim num desespero trágico
E te ferisse em pranto num consolo trágico?
Quem sabe houvesse uma saudade ao menos
E por amor moresse, ainda não fosse o máximo?

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

PAT CELULAR ( Música Jeferson / Fião)


Ela se acha a dona da razão
E sempre toma conta da situação
De carro importado, telefone celular
Seu salto é bem alto pra poder pisar

Com o nariz pra cima, e os cabelos ao ar
Arrasta multidões aonde quer que vá

Depois do analista tem musculação
Tem hidro, tem ginástica e computação
O shopping se tornou o seu segundo lar
E o Maurício meu amigo, onde é que está?

PS: meus amigos conhecem o final da letra

Um blues

Tenho andado pensando, comigo
Qual o motivo de tanta tristeza
Sem você nada mais faz sentido
Qualquer forma perde a beleza

Venha pra cá, quero te ter
Sua imagem me inspira a viver
Pois não tem mais por que
Viver sem você

Nas escolas, nos bares, enfim
Fico pensando se você pensa em mim
Logo desisto, bobagem,esqueça
Baby, você me faz perder a cabeça

Venha pra cá, quero te ter
Sua imagem me inspira a viver
Pois não tem mais por que
Viver sem você

Música 3

Como explicar a falta
Que você faz pra mim
Seus lábios empurram o ar que sopra o beijo
Que sela nosso fim

Além do mais...
Quem sabe o rio nunca encontre o mar
E o mesmo mar não é tão grande assim
E que as pessoas nunca possam amar
E que esta estrada nunca leve ao fim

Talvez o homem nunca foi a lua
E a luz do sol é artificial
Que a minha boca não procura a sua
E que o bem nunca supere o mal

Duvide das palavras daquele homem que diz
Que metamorfose é criação
Mas não duvide da vontade deste coração
Que quer ter você aqui.